Mais de 1,3 mil pessoas ainda sofrem consequências de cheia no RS

Famílias de municípios da Fronteira Oeste ainda aguardam por moradias.
Cheia atingiu o Rio Grande do Sul entre o final de junho e início de julho.

Uruguaiana cheias
Mais de 1,3 mil moradores da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul ainda sofrem as consequências de uma das maiores cheias que atingiu o estado, entre o final de junho e começo de julho. Na região, muitas famílias ainda estão sem residência e aguardam novas moradias, como mostra a reportagem do RBS Notícias (veja o vídeo).
Nos municípios de Itaqui, São Borja e Uruguaiana, a população afetada enxerga os cenários de destruição. O drama já dura quase dois meses. Cerca de 600 casas não resistiram à cheia do Rio Uruguai.
Somente em Uruguaiana, a cheia atingiu cerca de 6 mil pessoas, e 800 seguem fora de casa. Muitas vivem como a dona de casa Maria Silva Amaran, dentro de barracas, sem água e sem energia elétrica. “Não sobrou nada. A casa não dá mais para nada, nem para entrar dentro mais. Agora precisamos de uma volante”, lamenta.
As casas volantes são a principal alternativa porque, em casos de enchentes, podem ser levadas para locais mais altos. O governo federal prometeu R$ 14 milhões para a compra das moradias. No entanto, de acordo com a Defesa Civil, o recurso só vai ser liberado depois que as prefeituras apresentarem um documento que contém informações como a área em que estão os atingidos e os orçamentos.
A prefeitura de Uruguaiana diz que os municípios estão demorando a entregar a documentação porque precisam justificar a necessidade de investir em casas volantes. “Todos nós elaboramos esta justificativa para fazer este comparativo, para as famílias pegarem as casas volantes em vez do aluguel social, que teríamos de procurar residências, adequar elas em vários locais da cidade”, explica o secretário de Ação Social e Habitação de Uruguaiana, Elton da Rocha.
A dona de casa Rosimeri Santos morou um mês em uma barraca. Ela não pode esperar a casa volante e usou recursos próprios para reformar a residência. “Fui à prefeitura, fui atrás para arrumar material para podermos arrumar nossa casa, mas até agora não deram jeito”, conta.
Fonte: G1