
Quase metade dos municípios do Rio Grande do Sul já decretaram situação de emergência por conta da estiagem, que poderá gerar uma perda superior a 19,7 bilhões de reais em culturas como a soja e o milho, além de prejuízos em outras produções, como a do leite.
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A situação fez com que a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, visitasse áreas afetadas para examinar ações de socorro antes que a situação piore ainda mais. Nada de concreto foi anunciado.
Governador
Embora afastado das atividades presenciais por causa da Covid-19, o governador Eduardo Leite encaminhou à ministra um ofício informando que a maioria dos municípios do estado dependem da agropecuária e que a estiagem provoca grandes prejuízos para a economia do estado, considerando que o agronegócio é responsável por mais de 40% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual e 60% das exportações do Rio Grande do Sul.
“Positivado para covid-19, não pude acompanhar a ministra Tereza Cristina em visita às regiões mais atingidas pela estiagem. Mas conversei com ela ontem à noite e encaminhei, pelas mãos do vice-governador, ofício com as demandas do Rio Grande do Sul ao governo federal pela situação de emergência”, escreveu Eduardo Leite em suas redes sociais.
O documento reúne, segundo o governo, demandas do estado, consolidadas após conversas com representantes de entidades rurais, prefeitos e deputados estaduais e solicita, entre outras coisas, que sejam viabilizados recursos federais para subsidiar juros das operações de crédito rural na agricultura familiar e para fortalecer o Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)
Uma primeira etapa deve viabilizar licitações para a perfuração de 750 poços, além de escavações de 6 mil microaçudes, entre outras ações.