Maratona de reuniões em Porto Alegre pelo não fechamento do Marfrig

Desde que foi decidido que o Marfrig vai encerrar suas atividades na planta de Alegrete, dia 1º de setembro, o Sindicato da Indústria da  Alimentação não parou.
Ontem  dia 20, Marcos Rosse, presidente do Sindicato manteve  uma maratona de reuniões em Porto Alegre. Aliado a está luta de manter a empresa em atividade está o Sindicato Rural de Alegrete, através do seu presidente, Pedro Pífero.
 
MARCSOROSSE EMPOA
Primeiro, Rosse esteve na Secretaria de Agricultura, com a participação do Ministério da Agricultura, Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação, Badesul, BRDE, Associação dos Curtumes, Câmaras Temáticas. Também participou o diretor Rui Mendonça que explicou porque a empresa está saindo de Alegrete. Um problema mais estrutural, já que abate 1,5 mil animais em três plantas quando pode abater em duas.  E também falou sobre a oferta de gado, questões com a FEPAM e outros problemas citados pelo diretor. Já de acordo com Pedro Píffero, presidente do Sindicato Rural, o diretor também falou que a empresa está se readequando ao mercado, o que não esclareceu em nada salienta.
Na reunião com o Secretário chefe da casa civil, Flávio Helmann, as lideranças do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Alegrete, Marcos Rosse e Terezinha Soltau,  integrantes da sala de apoio da CNTA – Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins, Darci Rocha e Luiz Araújo, trataram da questão envolvendo a intenção da empresa Marfrig em promover o fechamento da unidade industrial de Alegrete, com a consequente demissão de 680 trabalhadores.
Em um documento da Confederação Nacional e do Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação de Alegrete, as lideranças dos trabalhadores manifestaram a posição de inconformidade quanto ao fechamento desta planta frigorífica.
 
INTERVENÇÃO DO ESTADO
Os signatários do documento solicitam a intervenção do Governo do Estado no sentido de impedir o fechamento da unidade industrial frigorífica de Alegrete e a perda de 680 postos de trabalhos diretos, além de prejuízo social e econômico incalculável para o Município e a região.
Os sindicalistas não concordam com a atitude do Marfrig de, surpreendentemente encerrar as atividades, demitir trabalhadores e permanecer com a unidade fechada até final do ano que vem, podendo, de acordo com seus interesses, retomar ou não a atividade.
O documento afirma que trata-se de uma situação onde o interesse privado, mais uma vez, esta acima do interesse coletivo, uma vez que em busca da resolução de seus problemas logísticos, uma empresa que conta com grandes financiamentos públicos das esferas federal e estadual, com o compromisso de geração de emprego e renda, não tem o mínimo pudor em afetar a vida das famílias que direta ou indiretamente dependem daquele empreendimento, sem falar na questão dos impostos gerados cujo impacto para a vida do município é bastante significativo, além do incalculável prejuízo a cadeia produtiva da carne, o que, além de atentar com o interesse público local, tem alta relevância em uma atividade em que várias vezes o próprio governo estadual classificou como estratégica, ao ponto de manter um programa de renuncia fiscal como o Agregar Carnes, cuja referida empresa é altamente beneficiada nas suas diversas plantas espalhadas pelo Rio Grande do Sul.”