Marfrig vai fechar planta de Alegrete em fevereiro

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Uma notícia que deixou o Sindicato da Indústria da Alimentação em estado de choque, às vésperas da negociação do dissídio coletivo agora em fevereiro. O anúncio foi feito ontem, dia 13 de janeiro, com a presença do Gerente Regional do Grupo, Rui Mendonça e do gerente administrativo e o presidente do Sindicato, Marcos Rosse.

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“Eles queriam que eu assinasse um documento, levantei-me da reunião e saí”, lembra Rosse. O Sindicalista informa que faz dois meses que não pagam o aluguel da planta do frigorífico, que segundo ele pertence a Mauro Pilz, e o pior é que além das demissões em massa, querem deter o domínio da planta (fechada) para quem sabe daqui a três, quatro ou cinco meses reabrir, se o mercado da carne melhorar.

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Os sindicalistas consideram esta atitude uma grande falta de consideração com os 623 trabalhadores que vão ficar desempregados, uma média de 2.500 pessoas, incluindo suas famílias.

Rosse informa que hoje, dia 14, vai ao Ministério Público  encaminhar ação para ver a legalidade de ficarem com o domínio da planta frigorífica sem abrir e produzir. “Isto é uma “sem-vergonhice”, uma falta de respeito com os trabalhadores”, falou indignado, Marcos Rosse.

PREJUÍZOS

O presidente do Sindicato Rural de Alegrete, Pedro Píffero, falou que os prejuízos serão incalculáveis para o Município e a região. O argumento de que falta gado para abater não convence os produtores de Alegrete. O produtor e sindicalista alertou que a conclusão a ser feita é de concorrência, porque “gado continua saindo de Alegrete”, observou. Para ele, o Município sozinho abasteceria a indústria do Marfrig. 

Já o prefeito Erasmo Silva lamentou a saída do Marfrig, considerando ser uma “perda enorme” para Alegrete. Só de ICMS são R$ 2 milhões/ano para o município que já vivem uma contenção de despesas e isso, se confirmado, vai repercutir de forma negativa na receita municipal. Não deixou de ressaltar que o Marfrig ganhou o que queria do Estado, por conta do que aconteceu em agosto do ano passado quando ameaçou fechar a indústria e agora vem com o novo anúncio de fechamento. Isso é muito ruim, lamentável sob todos os aspectos,concluiu.

No momento, os 623 trabalhadores estão em férias coletivas até o início de fevereiro, quando será feita a demissão.

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