Moradores de rua resistem em cumprir horários na Casa de Passagem e preferem dormir nas praças

A reportagem conversou com Ari da Silva Junior, coordenador da Casa e procurou entender como está o trabalho atualmente.

Segundo o servidor municipal, no momento estão na Casa de Passagem, 17 homens. A grande parte deles, passa somente o período da noite e durante o dia volta para algumas atividades e até tratamento nas unidades de saúde do município. No fim do ano, alguns indígenas ocuparam as dependências da instituição durante alguns dias, mas na atualidade eles deixaram a cidade.

Apesar dos esforços das equipes da Secretaria de Assistência Social, Secretaria de Saúde, Ronda Social e redutores de danos, muitos indivíduos em situação de rua resistem em ser auxiliados. Alguns deles são encaminhados para o CAPS AD (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas) para iniciar tratamento. . No entanto, assim que o período de tratamento é concluído, eles retornam para a mesma rotina.

Os frequentadores das ruas, na maioria dos casos, possuem família, mas já não conseguem aceitar as regras e o convívio familiar se torna impossível. Dessa forma, eles preferem viver desse modo. Esses indivíduos que fazem uso das ruas como “lar”, geralmente são dependentes de álcool ou drogas, muitas vezes das duas substâncias.

Ari completou relatando que todos os dias, por volta das 19h, uma equipe sai nos principais pontos da cidade e procura averiguar se tem pessoas nessas situação. Ao avistar um indivíduo nessas condições, é procedimento padrão da pasta, convida-los para passar à noite na Casa de Passagem e dai receber os serviços que a Casa dispõe; jantar, almoço e cuidados de higiene.

Para isso, caso algum indivíduo em situação de rua não aceite ir para um abrigo ou a Casa de Passagem, a equipe da ronda social providencia alimentos e cobertores para oferecer algum conforto e amenizar o impacto do frio nas noites mais geladas, quando o período é de inverno.