Colaboração: Ronaldo Lavarda. |
Os cavalos não participarão do Desfile Tradicionalista em Santiago no dia 20 de Setembro. A decisão foi tomada na sexta-feira, 21, em reunião no CTG Coxilha de Ronda com representantes de entidades tradicionalistas, integrantes da Administração Municipal e de outras instituições ligadas ao evento, além de profissionais da área veterinária. A medida é por conta do Mormo, doença que está afetando os cavalos no Estado e que é transmitida para humanos.
O primeiro caso da doença contagiosa foi confirmado em junho. Desde então, o Governo do Estado tem tomado medidas para evitar a participação dos cavalos em eventos. A doença, que não tem cura e nem vacina, teria ingressado no Estado através de um cavalo contaminado vindo de Santa Catarina.
Com a não participação do cavalo no Desfile Tradicionalista, diversos municípios gaúchos cancelaram o evento. Em Santiago, segundo o Coordenador da 10ª Região Tradicionalista, Eliseu de Jesus, uma nova reunião na semana que vem vai definir se as entidades aceitam desfilar a pé, com veículos e com coreografias que retratem a história do povo gaúcho. A nova reunião será na próxima quinta-feira.
Eliseu de Jesus, Coordenador da 10ª Região Tradicionalista. |
Eliseu de Jesus conversou com o Blog Rafael Nemitz, confirmando a decisão de não envolver os cavalos no desfile. Assista:
O que é o Mormo?
– O mormo é uma doença infectocontagiosa grave que ataca os equídeos (animais como cavalos, jumentos e mulas), mas que pode acometer outras espécies, como o homem.
– A doença é causada pela bactéria Burkholderia mallei. Os sintomas são: febre, tosse, corrimento nasal com pus, edema dos gânglios e linfonodos, emagrecimento do cavalo, assim como feridas na pele.
– A contaminação acontece pelo contato com pus, secreção nasal, urina ou fezes. A bactéria penetra por via digestiva, respiratória, genital ou cutânea (por lesão). O germe cai na circulação sanguínea e depois alcança os órgãos, principalmente pulmões e fígado.
– A disseminação da doença no ambiente ocorre através da água, alimentos, bebedouros e equipamentos de montaria compartilhados. A mosca também pode contribuir para a disseminação da bactéria, além de contato com urina e fezes de animais contaminados.
– Se o animal estiver infectado, a primeira medida a ser tomada é notificar a Defesa Sanitária (3288.6200). Depois, isolar a área de infecção e os animais suspeitos. Os animais com mormo devem ser sacrificados, podendo ser enterrados ou cremados. O local onde o animal vivia deve ser bloqueado e suspenso o trânsito de outros animais da propriedade.
Fotos, vídeo e fonte: Rafael Nemitz