Morreu a professora e escritora Maria Ignácia, aos 87 anos

Morreu, na Santa Casa, na noite de quarta-feira(26), a professora, mestre, escritora e alfabetizadora, Maria Ignácia de Souza Antunes. Ela estava com 87 anos e teve uma parada cardiorrespiratória, segundo a sobrinha Nívea Dorneles.

Muito emocionada, Nívea acrescentou que Alegrete teve uma grande perda. “Ela alfabetizou um número incontável de alegretenses, entre de outros municípios. Lecionava nas séries iniciais e tinha verdadeira paixão pela história de Alegrete. O desejo era lançar o terceiro livro que contava as histórias mais atuais da cidade” – comentou.

Maria Ignácia foi responsável por três obras publicadas, a última o lançamento foi no Instituto Estadual Oswaldo Aranha há dois meses – Andresito – um perfil histórico e social do Comandante Guarani. Antes, já havia lançado, Raízes sócio-econômicas de Alegrete em 1994 e A Capela de Alegrete na Guerra de Artigas em 2010. Também escreveu sobre a história da escola Oswaldo Aranha, em 2005 – Trajetória de uma Escola.

Fascinada pela história, Maria Ignácia, sempre fez da literatura sua obra prima. Ela nasceu no ano de 1932 no interior do município, Durasnal. A localidade conhecida como Querumana 3° Subdistrito de Alegrete. A escritora concluiu o ginásio e estudo normal no IEOA e realizou formação acadêmica em história pela faculdade Universitária de Filosofia Ciências e Letras, em Uruguaiana. Pós graduada, foi educadora em escolas municipais rurais, além do Colégio Divino Coração.

Dentre as escolas estão, Francisco Carlos, Marquês do Alegrete, IEOA, assim como também foi alfabetizadora nas cidades de Porto Alegre, São Francisco de Assis e Uruguaiana. E Lecionou, também,  na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Alegrete.

As últimas homenagens estão acontecendo na Funerária Angelus na rua Daltro Filho.

Maria Ignácia não era casada e não tinha filhos. Ela deixa familiares e uma vasta lista de amigos e ex-alunos. Uma verdadeira referência na literatura de Alegrete.

O amigo Edgar Lopes que se preparava para ir para Argentina para lançar seu último denominado  Andressito- um perfil histórico e social do comandante guarani.

Flaviane Antolini Favero