Autoridades civis e militares, muitos amigos e familiares prestaram as últimas homenagens ao casal. Da chegada dos corpos a Alegrete, até a saída do cortejo foram pouco mais de duas horas em que os amigos tiveram para prestar as últimas homenagens ao casal Lacerda e Graziela. O clima no galpão crioulo, dos 12º BE Comb. foi de muita consternação, pela tragédia que vitimou o casal que deixa dois filhos ainda adolescentes. A unanimidade dos comentários dos presentes era uma só: é uma perda irreparável do militar, cidadão, esposo e pai. A esposa Graziela era lembrada pelas amigas e companheiras da Casa da Amizade, como uma pessoa de grande sensibilidade para as causas sociais e que nos seu retorno a Alegrete, de onde saiu nos anos 90, já estava completamente ambientada e integrada a vida social da cidade. Para o comandante da 6ª Brigada de Infantaria Blindada , Mauro Sinott Lopes, Comandante Lacerda era um profissional exemplar e altamente comprometido com suas atribuições militares, familiares e com espírito agregador incomum. O General Sinott lembrou que a tragédia ainda é maior pela perda da esposa e, lamentou a dor dos dois filhos do casal. O General comandante da 3ª Brigada de Divisão de Exército de SM, Geraldo Antônio Miotto, visivelmente emocionado, destacou a perda irreparável do militar, no auge da vitalidade e com uma bela biografia nas fileiras do Exército. Destacou que mesmo mineiro, Lacerda tinha uma grande admiração pelos costumes do Sul, tanto que pretendia permanecer aqui por muito tempo.
No mesmo tom, de profunda tristeza se referiu o Comandante da 2ª Brigada Mecanizada de Uruguaiana, General Carlos Jorge Jorge da Costa.
As amigas mais próximas de Graziela lembravam que ela e mais um grupo estavam com as malas prontas para uma viagem a vários países da Europa na próxima semana.
Eram 16h30min quando os corpos do Tenente Gerson Lacerda e Graziela Campos Lacerda deixaram as dependências do 12° BE Comb. em direção ao Cemitério local, onde foram sepultados.