
“Foi um período de muita aflição, eles já estavam no telhado da casa”, disse Aline. “Aqui, onde eu moro (Cachoeirinha), está sob controle dentro do possível. Estamos trabalhando como dá para ajudar a todos, inclusive outros alegretenses que famílias entram em contato do Baita Chão pedindo notícias. Todos estão imbuídos na busca de auxiliar alguém. É difícil de falar, ver tanta gente perdendo tudo, mas o mais importante é que estamos com vida e vamos lutar sempre.
Meu irmão, mesmo depois de tudo que passou, ficou no telhado da casa com a família para ser resgatado e depois que isso aconteceu se uniu para salvar e resgatar outras pessoas, em Canoas. É um cenário que jamais iríamos imaginar passar.”
Este é o episódio mais trágico da história de Canoas. Uma situação além da nossa capacidade [de resposta]”, afirmou o prefeito de Canoas, Jairo Jorge, descrevendo a situação da cidade de quase 348 mil habitantes, localizada na região metropolitana de Porto Alegre (RS).
Com mais de 50 mil pessoas vivendo em áreas de risco, a prefeitura orientou a população de todo o lado oeste da cidade a deixar suas casas e buscar abrigo em locais mais altos e seguros do município.
A recomendação afeta moradores dos bairros Niterói, Mathias Velho, Fátima, Harmonia, Central Park, Cinco Colônias, São Luís, Rio Branco, Vila Cerne, Santo Operário e Mato Grande. Locais onde o grande volume d’água vindo da região da Serra Gaúcha e do centro do estado, pelos rios dos Sinos e Jacuí, que deságuam no Guaíba, na altura da região metropolitana de Porto Alegre, causam alagamentos e muitos prejuízos.
Psicanalista e paciente encontram um jeito único de mútua ajuda
