
Jovem teria forçado aborto sem sucesso e descartado o corpo do bebê após o parto. Ela foi encaminhada à Fase para medidas sócio-educativas. Mãe responde por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Uma mulher de 20 anos foi apreendida após condenação na Justiça pela morte da filha recém-nascida nesta sexta-feira (1º), em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
O crime aconteceu em 2016, quando ela tinha 17 anos. A jovem foi condenada por ato análogo a infanticídio, ou seja, morte do próprio filho após o parto, e deve cumprir pena de internação. A mãe da jovem ajudou no crime e também responde a processo criminal por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Segundo o delegado Pablo Queiroz Rocha, a menina ingeriu chás abortivos. Porém, como estava grávida de oito meses, acabou acelerando o parto.
Ela passou mal e foi ao hospital com choque hipovolêmico, narra o delegado, e dizendo que tinha sofrido aborto espontâneo. Porém, a médica desconfiou e relatou à polícia.
A jovem confessou à polícia que deu à luz, e a mãe colocou a criança, uma menina, dentro de várias sacolas plásticas, o que causou a morte por asfixia. O corpo foi deixado no lixo.
O delegado ainda explica que foi a mãe que deu o chá abortivo à adolescente.
Conforme o diretor da 2ª Delegacia de Polícia Metropolitana, delegado regional Mario Souza, o crime é considerado grave e os responsáveis estão recebendo a punição prevista. “Investigação de crimes contra criança e adolescente é prioridade.”
A jovem foi levada à Central de Polícia e, depois, encaminhada à Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (Fase), onde responderá a medidas sócio-educativas.
Fonte: G1