
As orientadoras das escolas são as pessoas requisitadas nas instituições educacionais para ouvir e intermediar os mais variados problemas dos alunos. Em todas as escolas elas são a ponte para encaminhar demandas de estudantes ao Conselho Tutelar, CAPS e até mesmo à UABA que tem contato direto com todos os bairros da cidade. Essa constatação veio da Vice-presidente da instituição, Tânia Branco que recebe dezenas de pedidos de ajuda a crianças e jovens.
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Uma orientadora educacional que realiza um trabalho diferenciado é a professora, Mirta Marlene Gonçalves, orientadora especialista em educação, há 29 anos. A uruguianense, da Rede Estadual, que adotou Alegrete de coração se diz apaixonada pelo que faz, porque sabe que ouvir e acolher quem a procura se reveste de valor elevado que pode, de fato, ajudar os pequenos e jovens que escolheram a maior escola de ensino médio da Zona Leste, a EEDr. Lauro Donelles, para adquirir conhecimento. E nesta missão ela atende mais 500 alunos, dentre os do turno integral, os do ensino médio (turno da manhã) e alunos da noite- EJA fundamental, médio e ainda o médio regular.
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Orientadora Educacional Mirta Gonçalves com psicóloga Anelise Scarton
-Todos os dias as professoras, alunos e até pais me solicitam para intermediar diálogos com crianças do turno integral. Eles são pequenos e os que mais sofrem por separação dos pais, brigas em casa e, lógico, que isso reflete direto em sala de aula, atesta. Relata que houve o caso de uma criança que estava de aniversário e surtou, porque ninguém comemorou com ela. A experiente orientadora circula pelas salas e ouve, inclusive, os pais que a procuram, porque existem muitos problemas emocionais, tanto em crianças como em jovens, contextualiza a professora Mirta.
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Orientadora Educacional Neuza Ramos
O papel das orientadoras é instigante, porque além de ouvir, acalmar e encaminhar demandas, elas ainda precisam manter a conversa com os pais, colegas e direção das escolas sempre na busca do melhor aos educandos. Neuza Ramos que se formou aos 40 anos, depois da direção do Alcy Cheuiche, agora se dedica a orientação na EMEB Marcelo Faraco.- Não imagina o quanto esse trabalho seria bom na minha vida profissional, porque vou direto ao coração das pessoas, de nossos alunos, de suas famílias com as mais variadas atenciosidades, porque as demandas são inúmeras e variadas. -Eu como orientadora do Marcelo Faraco, além de ouvir alunos, colegas e pais busco dar o meu carinho atenção de que todos necessitam, além das necessidades emocionais, sobretudo, amor cristão. Neuza é daquelas que começa a jornada às 6h da manhã e só para às 23h, dedicando a maior parte desse tempo à educação de Alegrete. A inclusão em todos o sentidos é a nossa meta, acentua.

Outra orientadora educacioanal que dedica a vida a ouvir e intermediar medidas e soluções de conflitos é a professora, Maria Leonilda Noal Panziera, que está há 18 anos na rede municipal de educação. O trabalho de orientador além dos desafios é muito gratificante, porque enfocamos na questão de valores, com a pessoa na sua essência. – No dia a dia são muitas atribuições que envolvem todo o contexto escolar, familiar e social que, muitas vezes, trabalha bastante e, também, sente angústia em querer sempre ajudar a resolver casos de toda a ordem.- É uma missão feita no anonimato que todas as colegas fazem nas escolas de Alegrete e todas seguem a linha do ouvir e buscar solucionar adversidades que refletem na escola de alunos que estão inseridos nos vários contextos sociais. O ConselhoTutelar, UABA, CAPS1 são grandes parceiros das orientadoras, destaca Leonilda.