Para o Sindicato, MARFRIG não cumpriu com a palavra

O Sindicato da Alimentação de Alegrete junto com lideranças da cidade se reuniu  na Secretaria Estadual do Trabalho com o Secretário Miki Breier, juntamente com o chefe de gabinete Juliano Paz, com Luiz Carlos Costa de Araújo, representando a CNTA – Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins, através da sala de apoio que mantém para atender aos trabalhadores do ramo da alimentação.
Na oportunidade, Luiz Araújo, em nome do Presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Alegrete, Marcos Antonio Rosse, levou ao conhecimento do atual governo estadual todo o histórico ocorrido durante as negociações que envolveram os representantes da empresa, trabalhadores e membros do Governo Tarso Genro, quando os responsáveis pela empresa manifestaram intenção de fecharem a planta frigorífica que arrendam em Alegrete, alegando dificuldades em relação a matéria prima e questões logísticas sanitárias.

Segundo Marcos Rosse, eles voltaram atrás e deram a palavra de continuidade das atividades, depois de receberem a garantia de que o Governo estadual se empenharia em ajudar a equacionar as dificuldades alegadas pela empresa.

Reinião ROsse em POA
Diante do relato, o Secretário do Trabalho manifestou grande preocupação pelo incalculável prejuízo social que a atitude da empresa Marfrig estará causando ao estado do Rio Grande do Sul, em especial a fronteira oeste, e disse que irá se empenhar para levantar com outras secretarias que negociaram a época( Casa Civil e Agricultura) dados para buscar uma solução.

INACREDITÁVEL!
Para Luiz Araújo, a decisão dos responsáveis pela empresa Marfrig é inacreditável, confira a declaração na íntegra:

“Sob vários aspectos, fica difícil acreditar que tal decisão tenha sido tomada. Primeiro pela quebra da palavra dada menos de 6 meses depois, o que sinaliza não só para os trabalhadores, comunidade alegretense e autoridades gaúchas, que aqueles que tomam decisões não costumam avaliar consequências o que é sempre muito ruim.
Não bastasse a decisão demonstrar pouca ética e pouca confiabilidade no trato com as pessoas envolvidas, essas atitudes intempestivas tomadas para pouco depois voltar-se atrás, sinaliza claramente o despreparo profissional com que uma empresa desse porte vem sendo administrada.
Se isso já seria suficiente para preocupar os acionistas, pois fica claro que o dinheiro investido está sendo gerido de maneira pouco profissional, saber que tal atitude está fechando uma planta com uma capacidade de produção alta, em plenas condições de exportação para todos os mercados consumidores, sendo que para alguns, é uma das poucas plantas autorizadas para tal, fica ainda mais cristalino que o fechamento da planta frigorífica de Alegrete trará prejuízos também aos investidores, além dos incalculáveis prejuízos sociais a metade sul do estado.

Marcos Rosse POA
Se levarmos em consideração que dentre os maiores acionistas estão o Governo Federal, através do BNDES e, indiretamente, o Governo do Estado, pelo programa de renúncia fiscal conhecido como Agregar Carnes, do qual a planta de Alegrete é beneficiária, sendo que a empresa usufrui com o compromisso de geração de emprego e renda, coisa aliás, que seus administradores convenientemente esquecem de cumprir, embora duvidamos que restituam o erário público o que receberam para tal, o prejuízo é dobrado.
Como se não bastasse tudo isso, o fato de afirmar que ficará com a planta fechada, impedindo que outra empresa possa produzir e manter os postos de trabalho, certamente deve merecer das autoridades não só atitudes firmes pela total falta de responsabilidade social, mas também uma investigação e apuração rigorosa, já que os próprios produtores negam que exista falta de matéria prima, ao contrário; Diversos cenários apontam que o mercado exportador teve um bom ano em 2014 e as perspectivas são ainda melhores para 2015; A mão de obra é altamente qualificada; Por que então fechar uma das melhores plantas exportadoras do país? Pergunta Luiz! é, no mínimo, estranho!
E completa: Chega ser irônico que, enquanto a concorrência investe em marketing afirmando que “Carne confiável tem nome”, para os trabalhadores e para a comunidade alegretense, empresa sem um mínimo de credibilidade “Também”!”