Pó da indústria do arroz atinge muitas residências

Com o intenso trabalho das indústrias de arroz de Alegrete, que processam o produto, aumentou a poluição em bairros que ficam próximos a esses locais.

Famílias que residem nestas áreas reclamam que limpam todos os dias e sempre áreas, a casa, roupas em varais e carros são tomados pelo pó.  Além disso, tem a irritação das vias respiratórias e quem tem problema sofre muito com a poluição.

Uma professora que mora no bairro Jardim Planalto relata o que vem passando. Diz que às 7h varre a casa, as áreas e às 10h está tudo tomado por esses resíduos. A servidora pública lembra que e isso não é de agora e atinge vários bairros da Zona Sul da cidade.

-É um pó amarelo, bem fino e que se a gente lava roupa e coloca no varal, o pó toma conta e temos que lavar de novo. Isso vem de anos. Ela acredita que as indústrias devem melhorar os filtros, porque sentimos que vem aumentando o pó.

Também relatam que sentem coceira nos olhos, no nariz e pigarro na garganta.

A empresa Pilecco Nobre enviou a seguinte nota:

Com relação aos questionamentos encaminhados a esta empresa, viemos informar que cumprimos e atendemos a todos os parâmetros estabelecidos em nossas licenças de operação, bem como, investimos permanentemente na manutenção e melhoria de processos.

Salientamos que como é do conhecimento de todos, tanto o município de Alegrete como o restante de nosso Estado está sendo atingido por um severo período de estiagem, razão pela qual levou o Poder Público decretar estado de emergência, associado a este fato estamos em pleno período de safra, no qual se acentua o fluxo de veículos e movimentação de cargas.

Contudo reiteramos nosso compromisso com a produção sustentável, a geração de emprego e renda, bem como, o cumprimento das exigências e normas legais.

Vera Soares Pedroso