
Ir para um lugar com uma pauta definida e no meio do trabalho conhecer um menino pobre, que estuda e caminha cerca de sete km para jogar na Praça da Juventude é obra do feeling da profissão, do acaso ou era hora certa de estar naquele lugar.
Assim foi o trabalho da reportagem, neste mês de agosto, ao fazer relato da situação da praça da Juventude, na Zona Leste.
Sozinho, à espera pelos amigos, estava Eder Soares Mota, de 13 anos, que estuda pela manhã, on line, na EMEB Marcelo Faraco. Ele mora com o pai no bairro Saint Pastous e vem até à praça quando pode para jogar com amigos. Eder comentou que gosta de futebol e que a bola que jogavam era muito ruim.
Tão logo saiu a notícia muitos se prontificaram a ajudar esse menino. Ramud Maruf, presidente da LAF, sempre envolvido com futebol se adiantou e comprou o objeto de desejo de milhares de garotos como Eder. A entrega foi nesse dia 17, na loja da família. Junto, o futuro jogador ganhou meias e um calção.

Presidente da LAF entrega bola de futebol -Tu estava no lugar certo na hora certa, graças Deus se referindo à repórter do PAT, Vera Pedroso, e juntos podemos fazer pessoas mais felizes, destacou. Adiantou que vai colocar ele no elenco para treinar no Flamenguinho e jogar no EFIPAN.
O tranquilo Eder agradeceu os presentes e disse que Ramud foi a melhor pessoa que encontrou até agora, dizendo que vai seguir os passos de quem leva as coisas boas. -Muita gente, como eu, às vezes só precisa de alguém que valorize e incentive e este senhor fez isso e nem sei como agradecer”.
Agora ele não está conseguindo ir à Praça da Juventude, porque está ajudando a cuidar do avô que ficou viúvo. – Ele está muito abalado com a perda da avó e tenho que dar essa força, comentou o menino.

Agora ele já tem a bola e quem quiser pode ajudar este garoto com outras coisas, como: cursos, uma bicicleta talvez, porque com o que já passou na vida, pai detento, agora em liberdade, trabalhando que tira os fins de semana para o filho, já que a mãe continua privada de liberdade, ele tem um comportamento de quem supera e busca ser do “bem” termo que se popularizou e, muitas vezes, nem cabe tanto aos que as pessoas se referem.