Os professores das escolas estaduais de Alegrete foram, pela manhã, deste dia 3 de agosto para o calçadão em manifestação contra o parcelamento dos salários dos servidores públicos do RS que ganham acima 2 mil reais. A outra metade do salário será paga no próximo dia 25 de agosto.
A insegurança e a apreensão é total. Eles temem como será pago o salário de setembro.
Com faixas, bandeiras, cartazes eles protestaram ao que chamam de desmonte do funcionalismo público gaúcho.
A tradicional sineta fez barulho no protesto dos professores estaduais em Alegrete.
Eric Gediel, professor de história e da corrente unidade classista do Cepers, foi enfático ao dizer que um em cada sete habitantes do Estado é servidor público ou está ligada a um. E por isso essa não é uma luta só dos professores e, sim de toda a sociedade gaúcha.
A presidente do Cepers de Alegrete, Rosa Dota falou que a totalidade dos professores foram para rua neste dia 3 de agosto. E amanhã, dia 4 os períodos serão reduzidos nas escolas estaduais.
Depois, os professores foram em caminhada até à Delegacia, onde juntaram-se aos policiais civis que também protestam contra o parcelamento de salário do governo do Estado.
Em frente à DP eles manifestaram a luta que está se unificando pela mesma causa : contra o parcelamento dos salários.
O Bombeiro aposentado, ex-comandante da Corporação de Alegrete, José Gonçalves falou com indignação da situação e da política do governo contra os servidores gaúchos.
– Se não tem condições de governar que não se candidate. Se não tem como administrar, não se habilite a tal. Por que também não parcelou os salários de outros poderes e dos CCs? O funcionalismo público é quem toca o Estado”, disparou Gonçalves.
Ele lembrou que não são os políticos que são a realidade e sim os trabalhadores. “Nós que estudamos, entramos com concurso e tocamos todos os setores públicos deste estado somos a realidade e, por isso estamos aqui mostrando toda nossa indignação contra esta situação preocupante que chegou o estado gaúcho”
A manifestação de professores, junto com os policiais civis chegou a provocar um pequeno congestionamento na Rua Mariz e Barros.
Fotos: Vera Soares Pedroso