Projeto permite atendimento médico mais ágil aos detentos do Presídio de Alegrete

Há mais de um mês o ônibus da Estratégia da Saúde da Família itinerante, Saúde da Comunidade, está  realizando um trabalho no Presídio Estadual de Alegrete.

Segundo o diretor, Cledir Pies, esse foi um grande avanço pois o atendimento melhorou muito a saúde dos detentos. ” Hoje, são realizados cerca de 15 atendimentos médicos e a cada 15 dias também tem o dentista que realiza cinco atendimentos. Esse número(apenados), quando tínhamos que levá-los à UPA ou na ESF levaria, no mínimo, uns 15 dias” – falou.

O diretor, ainda, destacou o atendimento psicológico feito pela assistente social. Cledir disse que neste caso, os diálogos,  são com os detentos que estão em progressão de regime ou irão para condicional. O atendimento no ônibus é de duas horas e a triagem é realizada pelos agentes da Susepe.

Cledir ressaltou que os atendimentos mais frequentes são relacionados a doenças de pele, resfriados e gripes. Os casos mais graves que eram de tuberculose, estão controlados. Dos 17, apenas quatro presos têm a doença, três em regime domiciliar.

A Secretária de Saúde, Bianca Cassarotto, enfatizou que o projeto da Prefeitura através da Secretaria de Saúde, juntamente com a Susepe, diretor Cledir Pies, está muito positivo, pois desde a mudança da ESF Assunção que era referência dos apenados, devido a falta de efetivo e viaturas, foi feito um acordo que ficasse bom para todos.  A possibilidade do atendimento clínico e odontológico através do Projeto Saúde na Comunidade se deu depois de algumas reuniões. ” Essa medida, que está acontecendo com o médico Jhon Lenon, é a forma de garantir o atendimento a essas pessoas que estão privadas de liberdade e também evita constrangimento a eles e situações de mal-estar aos demais pacientes nas unidades. Ficou muito bem organizado, com toda segurança para a equipe e isso está se refletindo positivamente na saúde de todos. Acredito que em seis meses, mesmo com a rotatividade, a avaliação será satisfatória. Também estamos com o atendimento da Doutora Simone que está atendendo os casos de tuberculose, o que já diminuiu consideravelmente. Além do SAE para testes rápidos. Esse modo foi o mais eficaz, pois a política prisional que oferece uma verba federal para saúde não pode ser implementado devido as más condições do Presídio de Alegrete. O Município não pode receber a verba pela estrutura do prédio. E todo esse atendimento também é preventivo para evitar a disseminação de várias doenças e acompanhar as gestantes” – completou.