Quase metade das crianças ainda não tomou vacina contra a poliomielite

A campanha de vacinação vai até 31 de agosto e pretende vacinar 12 milhões de crianças entre cinco meses e seis anos

polio

A Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite (paralisia infantil) deste ano termina em 31 de agosto, mas, até agora, quase metade do público-alvo não foi imunizado. Das 12 milhões de crianças aguardadas nos postos de saúde de todo o país, apenas 6,4 milhões receberam a vacina.

De acordo com o Ministério da Saúde, crianças entre seis meses e cinco anos incompletos devem ser imunizadas, mesmo que já tenham completado o esquema vacinal contra a pólio. A entidade também alerta que não há perspectiva para prorrogação da campanha.

A 36ª Campanha Nacional contra a Poliomielite começou em 15 de agosto e tem como objetivo atualizar o calendário vacinal das crianças até cinco anos que não tomaram outra vacina da rede pública. Para que o profissional de saúde acompanhe o histórico de vacinas da criança, é importante que os responsáveis levem a caderneta ao posto de vacinação.

— Até mesmo o pai que não possui mais a caderneta de vacinação do filho e não se lembra quando foi a última dose, deve ir a um posto de vacinação. Como a campanha serve como reforço da vacinação, todas as crianças devem ser levadas às unidades de saúde para continuarem protegidas da paralisia infantil — orienta o secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Antônio Carlos Nardi.

Desde o início da campanha, também são disponibilizadas vacinas contra tuberculose, rotavírus, sarampo, rubéola, coqueluche, caxumba, varicela, meningites, febre amarela, hepatites, difteria e tétano, entre outras.

A vacina contra a pólio tem quase 100% de eficácia e pode ser aplicada mesmo em crianças com tosse, coriza ou diarreia. Em relação às crianças com infecções agudas, febre acima de 38ºC ou hipersensibilidade a algum componente da vacina, o Ministério da Saúde aconselha uma avaliação médica.

Também conhecida como paralisia infantil, a poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave. Na maioria dos casos, a criança não vai a óbito quando infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível, principalmente nas pernas.

Embora o último caso da doença no Brasil tenha sido registrado em 1989, os casos em países da África e Ásia fazem necessária a prevenção para que a doença se mantenha erradicada por aqui.

Fonte: Agência Brasil