O caso da ocupação da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) não será tratado pela Reitoria, informou na manhã desta terça-feira a assessoria de imprensa da instituição. A direção da universidade preferiu deixar a negociação a cargo da própria Faculdade de Direito, que, até o momento, não indicou se haverá algum contato com os alunos que ocuparam o local.
Cerca de 70 alunos do curso de Direito ocuparam na noite de segunda-feira o prédio da faculdade. O grupo pede a elaboração de uma normativa para regulamentar os concursos públicos e uma resposta da direção da unidade e da Reitoria.
Os estudantes querem, também, a anulação do último concurso para o Departamento de Direito Penal e Criminologia. Conforme os alunos, a seleção realizada em dezembro do ano passado foi fraudada.
O professor Salo de Carvalho foi considerado o mais prejudicado. Ele recebeu boas notas dos avaliadores externos na seleção e ruins do representante da UFRGS, o professor Odone Sanguiné.
Acampamento continua no interior do prédio
Cerca de 50 estudantes permaneciam acampados no interior da faculdade e aguardavam o final de uma assembleia iniciada às 11h para definição dos próximos passos.
Segundo Luciano Victorino, membro do Centro Acadêmico André da Rocha (Caar), até o momento os alunos não haviam sido recebidos pelo diretor do curso. Embora algumas aulas estejam sendo canceladas, o estudante afirma que a ocupação não atrapalha a circulação do público:
— O diretor está pedindo o cancelamento das aulas, mas não estamos fazendo nada para impedir a circulação dos estudantes. Tem barracas aqui apenas para simbolizar a ocupação. Qualquer um que quiser passar consegue.
De acordo com Victorino, além de alunos do Direito, a mobilização conta com representantes de diretórios acadêmicos de outros cursos. Eles querem a anulação do concurso por afirmar que houve fraude.
— Os responsáveis têm que ser punidos — disse o estudante.
Fonte: Correio do Povo
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