Santa Casa acolhe pacientes de municípios atingidos pelas cheias

Eles vêm de hospitais que foram destruídos ou estão sem condições de atendimento, e os profissionais da Santa Casa estão prontos para receber os pacientes.

Para garantir a continuidade dos serviços de saúde, a Santa Casa de Alegrete está recebendo pacientes de outras regiões afetadas após a tragédia causada pelas fortes chuvas. Entre os setores de maior demanda, destacam-se o serviço de hemodiálise e o atendimento a gestantes de alto risco. “A tendência é de que mais pacientes de fora cheguem ao hospital”, conforme informa Roberto Seganinazzi, presidente da Santa Casa.

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Ele diz que, para ajudar o Estado a enfrentar os desafios causados pelas chuvas, a vinda de pacientes de outros hospitais que perderam tudo se faz necessária. “O momento é de paciência e solidariedade”, diz ele, confessando que o racionamento de insumos e medicamentos se faz necessário para poder atender a todos que necessitarem da Santa Casa.

Seguindo orientação do Governo do Estado, as cirurgias eletivas estão suspensas por tempo indeterminado. Caso seja necessário, serão ampliados leitos na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e leitos clínicos na Santa Casa. “Faremos isso de acordo com a necessidade e a nossa possibilidade”, conta.

As cheias causam preocupação para os profissionais da Santa Casa com relação à saúde pública. As águas contaminadas das enchentes podem resultar em uma série de doenças, como a leptospirose, resultado da água misturada com urina de ratos. Os sintomas incluem febre, dor muscular, dor de cabeça e icterícia.

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Outra preocupação é com relação à dengue e a possibilidade de surto, pois é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e pode causar sintomas como febre alta, dores no corpo e erupções cutâneas. Outras doenças ainda podem preocupar, uma vez que as águas das enchentes se misturam ao esgoto, tornando-se perigosas para o contato humano. Pessoas expostas podem contrair hepatite A, gastroenterite e doenças intestinais.

A orientação é para que, ao primeiro desses sintomas, as pessoas busquem as Unidades Básicas de Saúde (UBS) nos bairros e evitem a Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

O atendimento na UPA destina-se a casos de urgência e emergência e para tratar os sintomas agudos. Quando o paciente é examinado em uma UBS e se constata a necessidade de um atendimento emergencial ou com maior complexidade, é encaminhado para a UPA, que funciona 24 horas, sete dias por semana.

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