A Escola Estadual Dr. Lauro Dornelles, a exemplo do que havia ocorrido dia 15, outra vez não obteve quorum em sua eleição para diretor no triênio 2016-2018. Apenas 15% do segmento pais e alunos compareceram ao pleito, o que, segundo uma das integrantes da CRE, torna evidente, pela segunda vez, o descontentamento para com a situação da escola. Entre professores e funcionários, foram 87% de votantes.
Depois da constatação do inexpressivo número de eleitores, com base em lei do RS o novo diretor seria aquele com maior titulação, o qual viria a ser “convidado” a assumir o cargo. Pela lógica, despontaram os nomes de Jane Vilaverde e Anderson Corrêa, que, além de especialistas, são Mestres em cursos na área de Educação. As integrantes da Comissão Eleitoral da Coordenadoria, entretanto, fizeram uma outra interpretação da Lei, não aceitando o mestrado como formação superior à especialização. Depois de manifestação do professor Anderson, que se retirou do local, foi convidado o atual diretor Jorge Botelho para manter-se no cargo.
A contestação dos professores-mestres baseia-se no seguinte artigo da Lei de Gestão Democrática: “§ 4º Se, ainda assim, não for atingido o percentual mínimo, a Secretaria da Educação designará Diretor e Vice-Diretor(es) aqueles que, em exercício na escola, apresentarem maior titulação na área da educação.”
O diretor designado está sob sindicância da própria CRE, além de ter contra si um dossiê entregue ao Ministério Público, contendo inclusive um vídeo em que estaria praticando chantagem contra outro candidato à Direção.
Haverá novas implicações na Justiça, agora contestando a interpretação da Coordenadoria.