O seminário realizado durante a tarde do dia 29 de outubro, no Centro Cultural, trouxe para o debate uma nova realidade para a região, a produção de energia eólica que, de acordo com pesquisas aponta a fronteira oeste e, em especial Alegrete com grande possibilidade de gerar esta energia limpa, sustentável e mais barata.
Vieram a Alegrete os deputados Adão Vilaverde, Frederico Antunes e o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco,o diretor Leonardo Gonçalves, lideranças da região e diretores da ELETROSUL.
Organizado pelo Comitê Pró-Energia Eólica, o evento abordou sobre a situação de Alegrete e as possibilidades de investimentos, oportunidades para o setor privado na cidade e o plano de expansão da rede de distribuição de energia.
O secretário Fabio Branco disse que o Rio Grande do Sul tem os melhores ventos do Brasil e precisa aproveitar a matéria prima, como vento, biomassa ou qualquer alternativa – isto para que o Estado passe de importador de energia para exportador, gerando emprego e renda.
O deputado Frederico Antunes reforçou que além da produção de energia é preciso lutar para concretizar os meios de transmissão dessa energia. Já o deputado Adão Vilaverde lembrou quando foi secretário estadual ,nos anos 90, em que o Estado começou a desenvolver o mapa eólico e disse que se não houver forte investimento em energia não haverá desenvolvimento.
Os painelistas do seminário, Ronaldo dos Santos Custódio e Franklin Patrício Lago, da ELETROSUL, falaram sobre o escoamento da energia eólica na Fronteira Oeste com a expansão do sistema de transmissão, investimentos que chegam a R$ 4 bilhões com a geração de 800 MW de energia eólica alcançada este ano. Os investimentos na região são da implantação de quatro subestações e quatro novas linhas de transmissão.
De acordo com os representantes da Eletrosul, o Rio Grande do Sul hoje é o terceiro produtor em energia eólica no País.
Uma torre anemométrica de 120 metros de altura, para a medição dos ventos, foi erguida na região de Ibirocaí, a cerca de 40 Km da cidade. Pelo período de três anos haverá o acompanhamento da velocidade e duração dos ventos na região, mas serão necessários no mínimo seis anos após a instalação da torre para colocar em operação uma usina.
Nesta sexta -feira, às 9h será a inaugurada a estação de medição dos ventos Se os bons ventos se confirmarem, nesse local, numa área de 31 mil hectares, poderá sair o projeto da usina eólica, afirmaram os representantes da ELETROSUL.