O prédio construído em 1975, com infraestrutura para 81 apenados, na tarde de sexta-feira(25), estava com uma superlotação: 354 presos. Destes, 203 estão em Alegrete, 90 detentos em sistema de rodízio em outros municípios e 61 no regime domiciliar.
De acordo com o diretor, Cledir Pies, a lotação está há anos acima do limite. Mas esta situação atual, conforme o administrador, é reflexo do excelente trabalho realizado pelos órgãos de segurança. Cledir evidencia que ações da Brigada Militar e Polícia Civil no combate ao crime em Alegrete é muito ostensiva e isso se reflete em mais presos.
Atualmente, a situação fica oscilando entre 200 e 220, segundo o Chefe de Segurança, Clóvis Salbego, e só não está pior pelo fato deles terem buscado vagas em outras cadeias.
Em março de 2015, uma audiência pública proposta pela Juíza de Direito, Lilian Franzmann, teve a presença de autoridades do município, imprensa, lideranças políticas, vereadores e órgãos de segurança do RS. À época, foi decretada Situação de Calamidade Pública, devido à superlotação. Naquele ano, a massa carcerária chegou ao número de 240 presos, 180 em Alegrete e 60 em sistema de rodízio.
Atualmente, a cadeia de Alegrete recebe apenas presos em flagrante. O anexo, também, foi interditado e, ainda está desativado. São cerca de 61 apenados em regime domiciliar.
Novo presídio
A nova cadeia pública, inicialmente, prometida para dezembro deste ano, terá sete mil metros quadrados de área construída e capacidade para 276 presos masculinos. O valor da obra é de R$ 16, 1 milhões, mais a contrapartida do Estado na ordem de 20 %. A reportagem esteve no canteiro de obras e presenciou homens trabalhando. Com pouco avanço desde que iniciou, a obra está na fase de concretização das fundações.
Flaviane Antolini Favero