
A reportagem esteve em quatro pontos de táxis de Alegrete averiguando com esses profissionais como está a atividade que já teve quase o dobro de carros que tem atualmente.

No Bebedouro, Paulo Roberto Miranda, 71 anos, diz com que a profissão está em câmera lenta e que as corridas cairam mais de 60%. Avalia que o transporte alternativo que não paga impostos toma conta, porque não tem fiscalização e a Prefeitura não faz nada.
O colega do mesmo ponto diz que na madrugada é um problema, eles passam na frente dos taxistas para pegar clientes. -Hoje quem usa táxi conosco são os mais idosos, quem vai a médicos, diz Paulo Soares.
Na praça General Osório, a Praça Nova, dois taxistas sentados na sombra falam que a queda é terrível e isso se deve ao transporte alternativo que em sua maioria não paga os impostos que eles pagam para trabalhar. Carlos Padilha lamenta o que vem acontecendo, motoristas desses carros estacionam nos pontos para ‘roubar’ clientes.

– Nós não temos a quem recorrer, porque chegaram a me pedir para fazer fotos desse pessoal, a fiscalização não existe e sabe-se que alguns nem carteira de habilitação tem, comentou Padilha.
Num ponto de taxi da Praça Getúlio Vargas a situação é a mesma, diz José Olmiro de Souza, taxista há 40 anos, que não vê mudanças e não entende por que a categoria paga alvarás, revisões e ISQN e outros que não têm obrigações fiscais tomam conta. – Desde 2018 não reajustam as tarifas e, na verdade, nem a Prefeitura e a Câmara nos ouvem, atesta.
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Um dos pontos em que o movimeto era constante, o da rodoviária, seu Filipe Machado de 76 anos diz que caiu em quase 80% o movimento. Os alternativos, em sua maioria, não pagam nada em benefício do povo e, às vezes, até mais caro cobram pelas corridas.

Ele lembra que a maioria não é dono dos carros e que os veículos dos alternativos são bons, mas qualquer um que tem carro coloca para fazer este trabalho, sem nenhuma fiscalização. Essa situação desestimula os que são legalizados, pagam impostos e o Poder Publico não vê ou faz de conta que está tudo bem.
Devido a pademia, a classe penou e por causa disso foi colocado um benefício federal de 2 mil reais aos taxistas cadastrados na Prefeitura.
Em Alegrete, 60 taxistas e 33 auxilares, conforme o setor responsável da Secretaria de Segurança, Mobilidade Urbana recebem o benefício na cidade. É quase a totalidade da classe que ganha, sendo que deixaram de receber os que já recebiam algum benefício.