Técnicos da região e Uruguai esclarecem sobre Mormo em Alegrete

A doença equina que causou pânico e controvérsias, durante os meses de agosto e setembro deste ano no RS e, inclusive suspendeu desfiles do dia 20 de setembro, o mormo foi amplamente discutido dia 10 em Alegrete.

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Veterinários de toda a região e inclusive do Uruguai participaram, do III Workshop Mormo promovido pela Escola Superior de Ética do Conselho Regional de Medicina Veterinária, no Casarão do Parque de Exposições Lauro Dornelles. Palestrantes da Universidade de Passo Fundo, da Universidade Federal de Santa Maria e o Coordenador do Programa de Sanidade Equina da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação esclareceram sobre diagnóstico clínico, laboratorial a visão do serviço oficial sobre o mormo e responderam a perguntas.

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A confiabilidade dos testes realizados no Brasil  foi questionada durante o wokshop. A médica veterinária Agueda Palmira de Vargas, da UFSM, disse que são os testes que a Organização Mundial de Saúde Animal preconiza. Já em relação as ações na justiça para a realização de testes fora do Brasil, a professora da UFSM disse ser muito constrangedor para o Brasil sair material daqui para análise em outros países”. Se estamos aqui, nossos animais devem ser julgados por nossos programas”, acrescentou. 

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Já Gustavo Diehl, coordenador do programa de Saúde Equina do Governo do Estado falou sobre as decisões judiciais que interrompem o sacrifício de animais com mormo afirmando que por serem decisões judiciais devem ser respeitadas, mas que o processo está andando , é demorado devido ao trâmite todo, por isso ainda não foi consumado o sacrifício (referindo-se a égua Bionda de Alegrete).

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O vice presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária, José Artur Martins, informou que o Conselho está encaminhando um documento à Associação de Juízes do Rio Grande do Sul, com amplos subsídios técnicos para quando os juízes receberem uma liminar possam decidir com mais argumentação técnica e mais conhecimento sobre o assunto.

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NÚMEROS DA DOENÇA NO RS

Conforme dados divulgados pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação, até outubro de 2015 o total de casos suspeitas investigados chegou a 60 com 13 focos confirmados envolvendo 17 equinos. Casos suspeitos descartados foram 28. Aguardando diagnóstico, 20 casos. No período de janeiro a julho e 2015 foram testados no Rio Grande do Sul 17.575 cavalos.

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