“Traficocídios” põe em alerta forças de segurança em Alegrete

A Brigada Militar encaminhou tropas dos batalhões de Choque e de Operações Especiais (Bope) para os municípios de Santana do Livramento, Itaqui e Alegrete, após a ocorrência de ao menos três ocorrências violentas em julho.

Brigada Militar

Alegrete conta com 13 homicídios neste ano até agora, e ao menos 6 deles estão ligados ao tráfico de drogas. O município registrou três homens executados no início de julho. Desavenças envolvendo o tráfico de drogas teriam motivado o ataque a tiros que deixou três mortos e um ferido.

Autoridades ligadas à segurança pública são unânimes em afirmar que a situação na cidade é bem preocupante. Os “traficocídios” confirmados são ao menos seis casos (homicídios relacionados a tráfico e dívidas de drogas, executados a mando de facção). Mas, além desses seis, o município tem vários outros ainda em investigação.

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A promotora criminal Rochelle Jelinek reitera a dificuldade de obtenção de prova quando se trata da chamada macrocriminalidade que envolve o “crime profissional” comandado por organizações criminosas (facções voltadas ao tráfico). “Pelas características como desaparecimento da vítima ou carbonização de veiculo, sabemos que são homicídios a mando de facção. Mas as pessoas não querem depor nem se envolver, e por isso é mais difícil desvendar os casos e os responsáveis.”, comenta.

A representante do MP confirma que há outros vários casos de pessoas supostamente desaparecidas, que também são homicídios relacionados a tráfico de drogas, mas que até agora não foram localizados os corpos, porque foram ocultados ou carbonizados. A verdade é que, pelos números, o aumento de casos de violência relacionados a drogas está em progressão geométrica na cidade.

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“Precisamos que as pessoas colaborem e contem à polícia o que sabem. Se as pessoas nao falarem, os crimes ficam sem solução. E se ficam sem solução, os criminosos se sentem impunes para continuarem fazendo novas vitimas”, pondera.

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