Uma mãe atípica, de Alegrete, passou a correr com a filha e mudou a vida para melhor

Mães atípicas são aquelas que sempre têm que fazer muito além do que uma mãe faz normalmente aos seus filhos.

Carine Lima Borges é mãe de uma adolescente com autismo suporte 3. Ela morou 14 anos em Santa Catarina quando foi atrás de melhores condições de tratamento à filha.

Carine é uma pessoa que inspira. Essa mãe integra o projeto Pernas Solidárias em que as pessoas correm com seus filhos em triciclos

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De volta a Alegrete, essa mãe explica que nunca conseguiu trabalhar e a renda delas é do benefício de prestação continuada, pois a filha de 16 anos usa fralda e precisa da mãe para todas as atividades. Carine diz que estava esgotada, sem ver mais sentido na vida, devido as constantes crises da filha, estava obesa e conheceu a corrida de rua, por meio de uma amiga que também cuida da filha sozinha em SC.

– Nós vivíamos num momento de isolamento, sem esperança eu a Beatriz quando conheci o projeto Pernas Solidária, lá em SC, que nos resgatou para vida, atesta.

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Beatriz começou a correr com a tia que já era atleta, pois Carine explica que devido a depressão e estresse não tinha condições. Mas tão logo conseguiu, começou a correr com a filha com triciclo do projeto e depois fez uma campanha e conseguiu um para a filha.

Correndo na praia em SC

Essa mãe conta que foi uma grande virada de chave, pois ao participar do Pernas Solidária a vida ganhou um novo sentido. -Eu e Beatriz correndo, passamos a ter mais qualidade de vida, começamos a respirar melhor. Eu emagreci, e sentir a felicidade da minha filha não tem preço, atesta.

A divulgação do projeto aqui na cidade já fez com que duas educadoras físicas de Alegrete estejam apoiando o trabalho. O treino acontece às quartas-feiras na pista da Avenida da Integração, às 17h 30min. e, no sábado, às 16h 30min. em frente ao Stock Center.

A dupla já participou de 101 corridas e ganhou 15 troféus em percursos de 3, 5, 10, 15 e 21 Km.

Carine diz que os quiserem acompanhar e saber mais sobre o Pernas Solidárias e só chegar e ver sobre as atividades do projeto. Informa, ainda, que já conseguiram um triciclo do mundo kids e tudo que entra de recursos será para conseguir comprar triciclos para ajudar famílias atípicas que não tem visibilidade a se integrarem no Projeto. – Eu cuido sozinha da minha filha há mais 16 anos e sei o quanto existem mães que estão isoladas. Nós queremos alcançar essas mães atípicas da periferia para fazer com que se integrem, participem e tenham uma vida melhor,” salienta.

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